“Manifesto de uma Mulher de Teatro” foi a peça que a Fundação Cultural Qorpo-Santo
ofereceu para a comunidade, no último dia 10/02, no Teatro União

A conexão e parceria iniciou através da Professora Aline Ferraz atriz do Ubando Gropo e também integrante da Tribo de Atuadores “Ói Nóis Aqui Traveiz”, quando esteve com a Fundação Qorpo-Santo em 2016, como professora do grupo de teatro Cena QorpoSantesca que teve um convite para apresentar a peça “Qorpo-Santo Recortado” lá na Terreira da Tribo, num Festival Internacional por eles promovido. Mais recentemente a atriz que esteve no palco, com o monólogo “Manifesto de uma Mulher de Teatro”, Tania Farias contatou a Fundação para intermediar aqui em Triunfo um local “Casa Antiga” para filmar cenas do filme Ubu Tropical.

   Manifesto de uma Mulher de Teatro, um trabalho que partiu da personagem Ofélia, de um dos textos mais contundentes da dramaturgia contemporânea, Hamlet Machine de Heiner Müller – marcante na trajetória da atriz Tânia Farias -, a performance traz ao centro da arena a vociferação contra a engrenagem de violências às quais mulheres são continuamente submetidas. Trazer mulheres na boca, evocá-las, dizer seus nomes, contar suas histórias é a motivação central dessa ação ainda em construção. As mulheres que cruzam o caminho da atriz estarão compondo o texto manifesto que abraça a performance de Tânia Farias. Vozes como a de Violeta Parra, Gioconda Belli e da própria atriz, que ousa contar detalhadamente sua história pessoal de violência sofrida e intercruzar com outra real, a de Magó, bailarina barbaramente violentada e assassinada em 2020, ao qual a atriz presta homenagem. A peça e um ato político contra a violência de gênero.

   Ficha Técnica: Concepção e Atuação: Tânia Farias; Operação de Luz e Vídeo: Lucas Gheller; Direção coletiva Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz.

   Alguns dos expectadores da peça deixam seu comentário:

   “Como mulher, sem qualquer dúvida, sinto minha voz nessa reflexão de uma mulher de teatro. Me senti motivada, senti meu corpo em cada gesto da personagem Ofélia. Trazer à tona uma reflexão sobre barbaridades e violências que nós, mulheres, estamos, infelizmente e negativamente, sujeitas a sofrer é muito corajoso por parte da atriz Tânia Farias. A roda de conversas, deu voz a muita violência silenciosa e desconhecida. Por isso, considero de extrema importância o compartilhamento dessa peça forte, tocante, emocionante e realista”. Alexia Samara Oliveira Azeredo.

   “Um espetáculo emocionante demais, o assunto que a atriz propôs é muito delicado, mas soube conduzir de uma maneira que mesmo pesado teve uma leveza na dança que ela fazia em cena no palco do nosso Teatro União”. Henrique Nascimento.

   “Assisti ao espetáculo e recomendo! Chocante, forte, instigador para que as mulheres se conscientizem que o seu NÃO seja respeitado e que o seu lugar é em qualquer lugar que escolher. #MexeuComUmaMexeuComTodas.” Gladis Maia.

  “Confesso que fui agradavelmente surpreendido pela atuação da atriz. O monólogo, enriquecido com projeções absolutamente pertinentes ao tema e a dramaticidade exacerbada da moça, me chegaram a arrepiar. A desenvoltura física me deixou extasiado e a harmonia de gestos completou o espetáculo. Até então não havia visto nada do grupo “Ói Nóis Aqui Traveiz” e pretendo começar a prestar mais atenção neles”. Carlos Oliveira.

   “Peça e forte pra caramba. Um soco no estomago. A Tânia é mesmo uma atriz muito boa. Foi um baita momento. A Fundação Cultural Qorpo-Santo arrasou nessa parceria”. Cassiano Azeredo.

  A Fundação Qorpo-Santo agradece a todos os envolvidos na realização deste evento, a Secretaria de Turismo e Cultura pela cedência do Teatro União, a você que assistiu ao espetáculo gratuito, no Teatro com 174 anos de História, nesta cidade de Triunfo que comemora 270 anos de Colonização.

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