Uma tradição que alegra os mais antigos e incentiva os novos. 
A família Fassini fez a 10ª festa em Seberi RS dia 29/01/2023

Originários de Bergamo, Itália, há 138 anos teve início a saga da família Fassini na América. Portanto desde 1885 com a chegada do casal de imigrantes Francesco Gregório Fassini e Luìgia Gusmarolli com o filho Giovanni o qual nasceu no navio durante a travessia de navio, que durava em torno de 3 meses.

Aqui há de se destacar a coragem dos imigrantes que deixaram seu país e seguiam para o desconhecido e enfrentaram com galhardia todo o risco da travessia. Francesco com esposa grávida vivenciaram na travessia momentos de muita dor e pânico porque muitos morriam durante o percurso e eram sepultados no mar.

Esse casal de bisavós, (bisnonos) de Euclesio aportaram em Rio Grande RS e dali rumaram para S.Leopoldo onde receberam uma fração de terras a ser desbravada e onde seriam assentados, ganharam algumas ferramentas e uns poucos kg de sementes e foram à luta. O Bisavo recebeu em torno de 12 hectares de terras no interior do interior de Garibaldi, (pirambeira mesmo).

No local Francesco e família desbravaram a mata, cultivou a terra e viveu, de 1885 até perto de 1920, sempre com muita oração e cantoria, tradições trazidas no coração. Ali teve mais 10 filhos e desenvolveu o dom de marceneiro (marangon) deixando um legado esculpido na madeira de diversos altares, capelas, igrejas, capitéis, nichos de oração e fé por toda a região. Em 1920 emigrou para Colorado então distrito de Carazinho onde estão sepultados.

Praticamente todos os imigrantes eram extremamente católicos e a família Fassini não fugiu à regra tendo inclusive na família, padres, freira e diversos catequistas e ministros. Nos primeiros encontros (estamos no décimo) tiveram celebrações com 8 padres da família.

Em 2003 começaram os encontros com espaço de 2 anos para congraçamento, confraternização e para que se mantenha o amor e boas lembranças das raízes/origens e para que as novas gerações cultuem e mantenham com orgulho os laços familiares, pois hoje não se preserva memórias e a família muitas vezes é desestruturada.

Esse último encontro foi muito esperado, pois a pandemia levou muitos entes queridos, deixando lacunas nas famílias e os remanescentes estão com mais paz e amor, pois nossa passagem é curta, mas nossa missão é longa, relata o integrante da família Euclesio Fassini, morador de Triunfo.